Santiago do Cacém

Cidade Romana de Miróbriga

Coordenadas

38º00'36.59"N / 8º41'09.00"O

Horário

Terça-feira a sábado: 9h00-12h30 e 14h00-17h30
Domingo, 9h00-12h00 e 14h00-17h30
Encerra no feriado municipal (25 julho) e feriados de 1 de janeiro,
Domingo de Páscoa, 1 de maio, 25 de dezembro.

Sobre

A Cidade Romana de Miróbriga

As ruínas da cidade romana de Miróbriga foram referidas pela primeira vez por André de Resende, ainda no século XVI, e as primeiras escavações arqueológicas aqui realizadas aconteceram no início do século XIX, a pedido de Frei Manuel do Cenáculo, à data bispo de Beja. Desde esse momento outras campanhas se sucederam, tais como a da responsabilidade de Cruz da Silva (1922-1948) ou as dirigidas por Fernando de Almeida (década de 60 do século XX). Nos anos 80 do século XX trabalhou neste lugar uma equipa luso-americana e, nos anos 90, Filomena Barata liderou um projeto de valorização deste sítio.

A arqueologia permitiu confirmar que, durante na Idade do Ferro (séculos V/VI a.C. a II a.C.), já existia um povoado indígena no sítio que mais tarde viria dar lugar a esta cidade romana. Durante a dinastia flaviana (segunda metade do século I d.C.) este espaço urbano recebeu o estatuto de município romano e calcula-se, que no seu período áureo (segunda metade do século I d.C. à primeira metade do século IV d.C.), tenha tido uma área de 10 a 12 hectares.

Este espaço urbano está organizado, de forma genérica, em dois núcleos. O primeiro, localizado a norte, integra uma área de forum (praça pública), com um templo centralizado dedicado ao culto imperial, que seria ladeado por dois pórticos e vários edifícios públicos (basílica, cúria, p.e.), dois complexos termais, uma extensa área habitacional e várias tabernae (lojas). O segundo localiza-se a cerca de 650 m a sul do forum e corresponde a um grande edifício de espetáculo, um circo ou hipódromo, construído no século II d.C., com 359 m de comprimento, por 77,5 m de largura. Na realidade, trata-se de um dos três edifícios do género descobertos até agora no atual território português, além do de Olissipo (Lisboa) e do de Balsa (Luz de Tavira).

O ocaso desta cidade foi acontecendo de forma gradual entre o final do século V d.C. e o início do século VI d.C..

Planta da DRCAlentejo

Acessibilidades

Prepare a visita

A cidade romana de Miróbriga dispõe de um Centro de Acolhimento e de Interpretação, localizado na entrada deste sítio arqueológico, com condições de visita a pessoas de mobilidade reduzida (cadeiras de rodas e carrinhos de bebé).

Telefone: 269 818 460

Preço dos ingressos:

Adultos – 3€

Séniores – 1,5€

Crianças até 12 anos – gratuito

A zona do Circo / Hipódromo não é visitável.

Mobilidade reduzida

A visita ao sítio arqueológico é parcialmente acessível a pessoas com mobilidade reduzida (cadeiras de rodas e carrinhos de bebé) – existem zonas de circulação em calçada, que poderão colocar algumas dificuldades. Aconselha-se, nas visitas com crianças, que haja sempre um adulto responsável.

Visitas guiadas

É possível agendar-se visitas guiadas a grupos, a partir de 15 pessoas, MEDIANTE MARCAÇÃO PRÉVIA, ficando sujeitas à disponibilidade do serviço;

Galeria de Vídeo & imagens

Arquivo fotográfico da DRCAlentejo

APOIO
Pesquisa

Bibliografia & links úteis

Bibliografia

ALARCÃO, Jorge de (1988). Roman Portugal: Gazetteer, Volume II, Fasc. 3 – Évora, Faro & Lagos. Aris & Philips LTD, Warminster, pp. 173-174.

BARATA, Maria Filomena (2001a). Roteiros da Arqueologia Portuguesa, 7 – Miróbriga. Ruínas Romanas, Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), Lisboa.

BARATA, Maria Filomena (2001b). O Sítio Arqueológico de Miróbriga. In Património / Estudos, n.º 1, Instituto Português do Património Arquitectónico, Lisboa, pp. 46-48.

BARATA, Maria Filomena; VALE, Fernanda (2010). Miróbriga, o Tempo ao longo do Tempo. História e Historiografia. Investigação em Miróbriga. Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Santiago do Cacém.

QUARESMA, José Carlos; FELÍCIO, Catarina; SOUSA, Filipe; GADANHO, André; GUIMARÃES, Raquel Alexandra dos Santos; SILVA, Rodrigo Banha da (2020). Mirobriga (Santiago do Cacém): novos desenvolvimentos científicos, entre análises e novas escavações. In Revista Portuguesa de Arqueologia, 23, Direção-Geral do Património Cultural, Lisboa, pp. 121-130. Disponível em: Consultar Artigo Completo →  [Consultado a 17/05/2023].

RAPOSO, Jorge (2001). Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal. In Almadan, 2ª série, 10, Almada, pp. 100-157. Disponível em: Consultar Artigo Completo →  [Consultado a 22 de março de 2023].