Mértola
Torre do Rio
Sobre
A Torre do Rio
A Torre do Rio, classificada como Monumento Nacional desde 1910, teve várias interpretações. Supunha-se que fosse uma ponte ou uma estrutura ligada à muralha para a captação da água do rio, através da sua elevação a partir de uma roda hidráulica. Atualmente, pensa-se que seria apenas uma extensão da muralha até ao rio, que em caso de necessidade daria um fácil acesso a este curso de água. Também serviria como uma defesa e um meio de controlo da zona portuária, podendo ser usada para fixar uma corrente entre ambas as margens, de modo a impedir o acesso fluvial à zona norte. No topo da sua extremidade, junto ao Guadiana, poderia estar instalada uma grua de madeira que facilitaria as cargas e descargas entre a cidade e o seu porto.
A sua construção terá acontecido, ainda sem grandes certezas, entre o século III d.C. e o século V d.C., reutilizando muitos elementos arquitetónicos de época romana (lintéis e fustes por exemplo), de calcário, mármore e granito, alternados com pedra local (xisto). A argamassa que liga estes elementos é de muito boa qualidade, uma vez que resistiu, mais do que as pedras do seu aparelho construtivo, à erosão dos séculos e, sobretudo, às grandes inundações do Guadiana.
Trata-se de uma estrutura que se estende ao longo de cerca de 50 m, constituída por sete arcos, dos quais apenas se conserva a zona do seu arranque, e de sete pilares que, a montante do Rio Guadiana, apresentam quebra-mares, de forma a facilitar a resistência aos caudais intensos das cheias deste rio.
Planta fornecida pelo Campo Arqueológico de Mértola
Acessibilidades
Prepare a visita
O acesso a este monumento é livre, pois encontra-se na margem direita do rio Guadiana, no lado exterior do casco antigo de Mértola. Não se aconselha a visita durante o período da noite por não existir iluminação e que, nas visitas com crianças, haja sempre um adulto responsável.
Galeria de imagenS
Arquivo fotográfico do Campo Arqueológico de Mértola
APOIO
Pesquisa
Bibliografia & links úteis
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