Circuito Arqueológico da Cola, Ourique

Cortadouro

Coordenadas

37º33'40.11"N / 8º16'40.57"O

Acesso Livre

Centro de Acolhimento e Interpretação
Este centro, cujo ingresso é gratuito, encerra às terças e quartas-feiras, a 1 de janeiro,
no Domingo de Páscoa e a 25 de dezembro.
Verão (1 de maio a 15 de setembro) – 09h30-12h30 / 15h00-18h30
Inverno (16 de setembro a 30 de abril) – 09h30-12h30 / 14h00-17h30

Sobre

O Cortadouro

O povoado fortificado do Cortadouro teve a sua origem durante o Calcolítico (3º milénio a.C.). Localiza-se num esporão a sul do Rio Mira, com um bom domínio visual sobre o território envolvente, onde, nas proximidades, existia uma jazida de minério a céu aberto que, neste momento, já seria explorada. Este local teve ainda uma ocupação humana durante a Idade do Ferro e, mais tarde, durante a Idade Média.

Embora as escavações até ao momento aí efetuadas não permitam, ainda, uma visão global do sítio, estas revelaram a existência, nas zonas de mais fácil acesso, de um muro com 70 cm de espessura que funcionaria como estrutura de fortificação. No interior desta linha defensiva identificaram-se vários buracos de poste que poderão corresponder a construções habitacionais. Estas cabanas teriam um plano circular ou elipsoidal e um volume semiesférico. A sua estrutura seria feita, essencialmente, com materiais perecíveis, composta pelo entrelaçamento de ramagens sobre uma base formada por pedra. Esta armação vegetal seria impermeabilizada com argila, que, com o tempo, era endurecida ao sol ou através de um incêndio ocasional.

Através dos artefactos recolhidos no local, sabe-se que esta comunidade do Calcolítico se dedicava à tecelagem e à metalurgia do cobre.

Acessibilidades

Prepare a visita

O circuito arqueológico onde se encontra integrado dispõe de um Centro de Acolhimento e Interpretação, localizado junto à Igreja de Nossa Senhora da Cola, com condições de visita a pessoas de mobilidade reduzida (cadeiras de rodas, carrinhos de bebé).

Mais informações:

colaassociacao@gmail.com / cacmb.ourique@gmail.com

Jorge Silva – 963090894

 

Mobilidade reduzida

O sítio arqueológico do Cortadouro não é acessível a pessoas com mobilidade reduzida (cadeiras de rodas, carrinhos de bebé) e não são feitas visitas guiadas ao local.

Aconselha-se, nas visitas com crianças, que haja sempre um adulto responsável.

Cuidados da visita

O acesso a este sítio arqueológico só é possível devido à colaboração do respetivo proprietário do terreno onde se encontra. Ao efetuar a sua visita tenha esse facto em conta, respeitando-o e contribuindo para a sua limpeza, manutenção e salvaguarda.

APOIO
Pesquisa

Bibliografia & links úteis

Bibliografia

ARRUDA, Ana Margarida (2001). A Idade do Ferro pós-orientalizante no Baixo Alentejo. In Revista Portuguesa de Arqueologia, vol. 3, nº 2. Instituto Português de Arqueologia, Lisboa, pp. 207-291. Disponível em: Consultar Artigo Completo →  [Consultado a 22/05/2023].

BEIRÃO, Caetano de Mello; CORREIA, Virgílio Hipólito (1994). Novos dados arqueológicos sobre a área de Fernão Vaz. In MANGAS, Julio; ALVAR, Jaime (eds.), Homenaje a José Maria Blázquez, vol. 1, Ediciones Clásicas, Madrid, pp. 285-302. Disponível em: Consultar Artigo Completo → [Consultado a 23/05/2023].

CORREIA, Susana; ALFENIM, Rafael (2001). Circuito Arqueológico da Cola. In Património / Estudos, n.º 1, Instituto Português do Património Arquitetónico, Lisboa, pp. 53-54.

CORREIA, Virgílio Hipólito; PARREIRA, Rui (2002). Roteiros da Arqueologia Portuguesa, 8 – Cola. Circuito Arqueológico. Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), Lisboa, pp. 24-25.

RAPOSO, Jorge (2001). Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal. In Almadan. 2ª série: 10, Almada, pp. 100-157. Disponível em: Consultar Artigo Completo → [Consultado a 22 de março de 2023].

SILVA, Carlos Tavares da; SOARES, Joaquina (1977). Contribuição para o conhecimento dos povoados calcolíticos do Baixo Alentejo e Algarve. In Setúbal Arqueológica, vol. II/III, Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, Setúbal, pp. 179-272. Disponível em: Consultar Artigo Completo →  [Consultado a 31/05/2023].

VILHENA, J. (2006). O Sentido da Permanência. As Envolventes do Castro da Cola nos 2º e 1º Milénios a.C.. Tese de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.