Monforte

Antas de Rabuje

Acesso Livre

Sobre

As Antas de Rabuje

Parte das Antas de Rabuje foi referida pela primeira vez, em finais da década de 20 do século passado, por José Leite de Vasconcelos. Atualmente, este conjunto, datado do Neolítico / Calcolítico (4º a 3º milénio a.C.), é constituído por sete antas / dólmens (Rabuje 1 a Rabuje 7) e um afloramento granítico com arte rupestre, nomeadamente, um painel de “covinhas” (Rabuje 8). 

Tratam-se de monumentos funerários, em regra geral de caráter coletivo, construídas com grandes pedras (esteios ou ortóstatos) e compostas por uma câmara funerária, coberta por uma grande laje monolítica (chapéu), e poderão ainda ter um corredor de acesso. Todas estas antas eram cobertas por uma colina artificial, de forma semiesférica, de terra e pedra (mamoa ou tumulus), permitindo que se destacasse na paisagem envolvente, assim como a sua proteção.

Em relação à expressão artística conhecida como “covinhas”, para além de existir no afloramento rochoso de Rabuje 8, também está presente num dos esteios da câmara da Anta Grande de Rabuje (Rabuje 1). Este tipo de representações é bastante comum, mas não exclusivo, do Megalitismo do Alto Alentejo. Embora ainda não se saiba com clareza qual o seu significado, supõe-se que, quando se localizam perto ou em elementos de monumentos funerários megalíticos, possam estar relacionados com crenças associadas às práticas ligadas à morte, ou, quando existem em afloramentos rochosos situados em pontos específicos da paisagem, que sejam marcos geográficos de possíveis vias naturais de trânsito.

Rabujes
  • Rabuje 1

    Coordenadas 9º5'29.56"N / 7º24'52.40"O

  • Rabuje 2

    Coordenadas 39º5'36.19"N / 7º25'3.66"O

  • Rabuje 3

    Coordenadas 39º5'30.63"N / 7º25'13.87"O

  • Rabuje 4

    Coordenadas39º5'33.68"N / 7º25'13.18"O

  • Rabuje 5

    Coordenadas 39º5'35.00"N / 7º25'12.13"O

  • Rabuje 6

    Coordenadas 39º5'29.89"N / 7º24'54.19"O

  • Rabuje 7

    Coordenadas 39º5'25.20"N / 7º24'53.27"O

  • Rabuje 8

    Coordenadas 39º5'22.26"N / 7º24'44.53"O

Acessibilidades

Prepare a visita

Os sítios arqueológicos de Rabuje localizam-se a Norte da vila de Monforte, a cerca de 5 km de distância. Estão integrados num percurso pedestre intitulado “das Antas de Rabuje”, do qual poderá obter informações junto do Posto de Turismo de Monforte (tel. 245 578 060).

Para a visita dos restantes sítios arqueológicos (excluíndo o Rabuje 1 e 6) aconselha-se que contacte o Serviço de Arqueologia da Câmara Municipal de Monforte (telefone – 245578060) de forma atempada, para que seja possível informar-se os proprietários dos terrenos onde se localizam da intenção da sua visita. Isto deve-se ao facto de ser necessário atravessar-se terrenos vedados e, consequentemente, a passagem por portões e cancelas. O acesso a este conjunto de sítios arqueológicos só é possível devido à colaboração dos respetivos proprietários do terreno onde se encontram. Ao efetuar a sua visita tenha esse facto em conta, respeitando-os e contribuindo para a sua limpeza, manutenção e salvaguarda.

Mobilidade reduzida

Visitantes de mobilidade reduzida (cadeiras de rodas, carrinhos de bebé) poderão aceder aos sítios de Rabuje 1 e Rabuje 6.

Visitas guiadas

Também é possível agendar-se uma visita guiada ao conjunto destes sítios, mediante marcação prévia, e condicionada à disponibilidade técnica para a data pretendida, através do Serviço de Arqueologia da Câmara Municipal de Monforte (telefone – 245578060).

Galeria de imagens

Arquivo fotográfico da Câmara Municipal de Monforte

APOIO
Pesquisa

Bibliografia & links úteis

Bibliografia

BOAVENTURA, Rui (2000). A geologia das Antas de Rabuje (Monforte, Alentejo). In Revista Portuguesa de Arqueologia, vol. 3, nº 2. Instituto Português de Arqueologia, Lisboa, pp. 15-23. Disponível em: Consultar Artigo Completo → [Consultado a 22/06/2023].

BOAVENTURA, Rui (2006). Os IV e III milénios a.n.e. na região de Monforte, para além dos mapas com pontos: os casos do cluster de Rabuje e do povoado com fossos de Moreiros 2. In Revista Portuguesa de Arqueologia, vol. 9, nº 2. Instituto Português de Arqueologia, Lisboa, pp. 61-73. Disponível em: Consultar Artigo Completo →  [Consultado a 22/06/2023].

MATALOTO, Rui; ANDRADE, Marco António; PEREIRA, André (2016/2017). O Megalitismo das pequenas antas: novos dados para um velho problema. In Estudos Arqueológicos de Oeiras, vol 23, Câmara Municipal de Oeiras, Oeiras, pp. 33-156. Disponível em: Consultar Artigo Completo → [Consultado a 22/06/2023].

NETO, Maria Cristina Santos (1997). Notícias inéditas sobre dólmens em Portugal. In Setúbal Arqueológica, vol. 23, Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, Setúbal, pp. 99-107. Disponível em: Consultar Artigo Completo →  [Consultado a 22/06/2023].

VASCONCELOS, José de Leite de (1929). Antiguidades do Alentejo. In O Archeologo Português, Série I, 28, p. 158-200. Disponível em: Consultar Artigo Completo →  [Consultado a 23/06/2023].